
O estado do Amapá registrou uma redução de 16,8% nos casos de malária entre janeiro e março de 2025, (1.017 casos), em comparação com o mesmo período de 2024 (1.222). Em âmbito nacional, a incidência da doença reduziu em 26,8%, passando de 34.807 casos em 2024 para 25.473 em 2025. O número de óbitos também apresentou queda de 27% em 2024, com 43 mortes notificadas, frente às 63 registradas em 2023.
Ao divulgar os dados, o Ministério da Saúde mostrou preocupação em tentar zerar os óbitos por malária e eliminar a doença. Para isso, promete introduzir cada vez mais tecnologias eficazes: o melhor tratamento disponível, o uso ampliado de testes rápidos e a adoção da tafenoquina — que já é uma realidade no Brasil. Segundo o MS, quase 3 mil profissionais foram treinados, mais de 7 mil pessoas foram tratadas, e a meta é ampliar o acesso em todo o país até 2026.
O medicamento inovador de dose única é para a cura da malária por Plasmodium vivax, responsável por 80,3% dos casos em 2024. O tratamento reduz os casos graves e a mortalidade da doença. O medicamento já foi implementado em 49 municípios, de 6 estados – Amazonas, Roraima, Pará, Rondônia, Amapá e Acre – e 9 Distritos Sanitários Indígenas (DSEi).
REDUÇÃO DE CASOS EM ÁREAS ESPECIAIS
Os dados do Ministério da Saúde ainda apontam redução no número de casos de três das cinco áreas especiais de vigilância em 2024, como 27,5% em área de garimpo e 11% em área de assentamento. A separação por áreas é uma estratégia de acompanhamento dos casos, uma vez que a malária é uma doença determinada socialmente, ou seja, que afeta mais pessoas em áreas de maior vulnerabilidade social – 99% estão concentrados na Região Amazônica, abrangendo os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
No total, em 2024, foram registrados 138.493 casos locais, número menor que 2023 (140.264). Além disso, o país reduziu a quantidade de municípios com transmissão ativa da doença, passando de 321 em 2016 para 211 em 2024.